Apneia obstrutiva do sono

Apneia obstrutiva do sono
SinônimosApneia do sono obstrutiva
Apneia obstrutiva do sono: quando o tecido mole cai na parte posterior da garganta, impede a passagem de ar (setas azuis) pela traqueia.
EspecialidadeMedicina do sono
Classificação e recursos externos
CID-117A41
CID-10G47.33
CID-9327.23
OMIM107650
MeSHD020181
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Apneia obstrutiva do sono (AOS) é o distúrbio respiratório do sono mais comum e é caracterizado por episódios recorrentes de obstrução completa ou parcial das vias aéreas superiores, levando à redução ou ausência da respiração durante o sono. Esses episódios são denominados "apneias" quando ocorre cessação completa ou quase completa da respiração, ou "hipopneias" quando a redução da respiração é parcial. Em ambas as situações, pode haver queda na saturação de oxigênio no sangue, interrupção do sono ou ambos. A alta frequência de apneias ou hipopneias durante o sono pode interferir na qualidade do sono, o que – em combinação com distúrbios na oxigenação sanguínea – acredita-se contribuir para consequências negativas à saúde e à qualidade de vida.[1] Os termos síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) ou síndrome da apneia-hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) podem ser usados para referir-se à AOS quando esta está associada a sintomas diurnos (por exemplo, sonolência diurna excessiva, diminuição da função cognitiva).[2][3]

A maioria dos indivíduos com apneia obstrutiva do sono desconhece as perturbações respiratórias durante o sono, mesmo após despertar. Um parceiro de cama ou membro da família pode observar roncos ou aparentes pausas na respiração, engasgos ou engolições sonoras durante o sono. Pessoas que vivem ou dormem sozinhas costumam não estar cientes da condição. Os sintomas podem estar presentes por anos ou até décadas sem diagnóstico, período durante o qual o indivíduo pode se habituar à sonolência diurna, às cefaleias e à fadiga associadas a níveis significativos de distúrbio do sono. A apneia obstrutiva do sono tem sido associada a morbilidade neurocognitiva e existe uma relação entre ronco e distúrbios neurocognitivos.[4]

  1. Punjabi, Naresh M.; Caffo, Brian S.; Goodwin, James L.; Gottlieb, Daniel J.; Newman, Anne B.; O'Connor, George T.; Rapoport, David M.; Redline, Susan; Resnick, Helaine E.; Robbins, John A.; Shahar, Eyal; Unruh, Mark L.; Samet, Jonathan M. (18 de agosto de 2009). «Sleep-Disordered Breathing and Mortality: A Prospective Cohort Study». PLOS Medicine. 6 (8): e1000132. PMC 2722083Acessível livremente. PMID 19688045. doi:10.1371/journal.pmed.1000132Acessível livremente 
  2. Barnes L, ed. (2009). Surgical pathology of the head and neck 3rd ed. New York: Informa healthcare. ISBN 978-1-4200-9163-2 :226
  3. Young, Terry; Skatrud, J; Peppard, PE (28 de abril de 2004). «Risk Factors for Obstructive Sleep Apnea in Adults». JAMA. 291 (16): 2013–2016. PMID 15113821. doi:10.1001/jama.291.16.2013 
  4. Berry, Richard B.; Budhiraja, Rohit; Gottlieb, Daniel J.; Gozal, David; Iber, Conrad; Kapur, Vishesh K.; Marcus, Carole L.; Mehra, Reena; Parthasarathy, Sairam; Quan, Stuart F.; Redline, Susan; Strohl, Kingman P.; Ward, Sally L. Davidson; Tangredi, Michelle M.; American Academy of Sleep Medicine (2012). «Rules for Scoring Respiratory Events in Sleep: Update of the 2007 AASM Manual for the Scoring of Sleep and Associated Events». Journal of Clinical Sleep Medicine. 08 (5): 597–619. PMC 3459210Acessível livremente. PMID 23066376. doi:10.5664/jcsm.2172Acessível livremente 

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